quinta-feira, 8 de outubro de 2009

A UTILIZAÇÃO DAS TECNOLOGIAS NO CONTEXTO ESCOLAR

                        A relação ensino-aprendizagem e a utilização de tecnologias voltadas à educação apresentam questões articuladas que não podem ficar desassociadas da realidade da sociedade em que esta inserida. Se vivemos em uma era do conhecimento e tudo o que vier a contribuir para esse fim deve ser aproveitado no contexto escolar. O que torna uma dificuldade é a constante mudança da tecnologia, que a cada momento nos surpreende com novas descobertas. Essas mudanças, muitas vezes, nos causa medo, porque são conhecimentos novos que não dominamos e conhecemos. Aparecem assim, pessoas resistentes a essa mudança. A resistência à mudança é um sintoma da dificuldade dos atores de se redirecionar no sentido do saber construído individualmente e faz com que as escolas demorem a despertar para as tecnologias educacionais. Concernente a essa resistência intrínseca a razão humana, Zaidan (2004, p.121) escreve que:

 

O conceito vem da física: é a propriedade que alguns materiais apresentam de voltar ao normal depois de submetidos à máxima tensão. As fibras de um tapete de náilon são o exemplo simplificado dessa ação – elas recuperam a forma assim que acabam de ser pisadas e amassadas. A psicologia tomou emprestada essa imagem para explicar a capacidade de lidar com problemas, superá-los e até de se deixar transformar por adversidades. Detalhando melhor, o resiliente não se abate facilmente, não culpa os outros pelos seus fracassos e tem um humor invejável.


                        Por isso, os docentes devem ser resilientes, mesmo quando não tiverem nada a seu favor e procurarem ajuda na comunidade escolar que podem contribuir a darem respostas as suas indagações e frustrações, porque problemas resolvidos coletivamente são mais fáceis de serem resolvidos.
                        Silva (2008, p.56) elenca como os principais problemas na resistência dos atores sobre a questão da inovação pedagógica com o uso da tecnologia:

[...] à crença que o recurso tecnológico em si não apresenta potencial educacional suficiente seguro para aprendizagem, levando a uma visão reducionista sobre o conceito de tecnologia, [...] as dificuldades por causa de diversidades e carências, onde a concretização de metas como a integração de novas tecnologias no ensino acaba por esbarrar com o alto custo e com resultados nem sempre satisfatórios [...], capacitação dos professores envolvidos nestes projetos [...] e [...] a não continuidade das ações já implementadas, seja por falta de verba ou por questões de natureza política.
                       
                        As mudanças tecnológicas acabam sendo implementados como uma forma de lutar-se contra o fracasso escolar e a própria repetência, almejando certas melhorias através de algo que motive os alunos, isto é, o efeito que meios utilizados com objetivos de ensino poderiam obter resultados mais eficazes no processo de ensino. Percebemos que uma visível presença tecnológica se faz necessária cada vez mais nas atitudes dos docentes, que somadas as limitações já mencionadas acabam comprometendo ainda mais o potencial educacional destes recursos. 

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